A ultrassonografia ainda é pouco usada para diagnóstico de alterações no trato gastrointestinal de pequenos ruminantes, uma vez que os resultados podem ser difíceis de interpretar, devido à complexidade da anatomia desses animais. No entanto, é um método promissor, pois é prático, eficiente, rápido e direto, evitando procedimentos invasivos onerosos. Com ela, é possível avaliar o estado fisiológico do rúmen, retículo, omaso, abomaso, intestino delgado e intestino grosso, explica a professora Sâmara Turbay Pires, do Curso CPT Ultrassonografia e Radiologia em Pequenos Animais.
Os transdutores que podem ser utilizados são:
• Linear de 3.5 MHz com capacidade de alcance de aproximadamente 17.5 cm.
• De 2.5 MHz com alcance de estruturas que se encontram a mais d 20 cm da parede abdominal.
• Transdutores de 5.0, 7.5 ou até mesmo 10.0 MHz.
Ultrassonografia do rúmen e retículo:
Para a realização da ultrassonografia, é importante fazer a tricotomia da região onde os órgãos que serão avaliados estão localizados. A avaliação do retículo e do rúmen de pequenos ruminantes é feita na região epigástrica da cavidade abdominal, próximo ao final das costelas (região xifoide) e no flanco, do sexto ao décimo terceiro espaço intercostal, sobrepondo o baço.
Embora consumam uma grande variedade de forrageiras, os caprinos e ovinos selecionam muito bem seu alimento e apresentam poucos problemas no retículo.
Ultrassonografia: omaso, abomaso e intestinos:
A avaliação do omaso, abomaso e intestinos de pequenos ruminantes é feita na região do flanco (região de vazio) no lado direito para os intestinos, lado direito, região paramediana para o abomaso, e um pouco mais acima, também do lado direito, próximo ao fígado, para o omaso. O mesmo transdutor utilizado para avaliação do retículo e rúmen pode ser utilizado nessas estruturas.
Casos clínicos:
Em um artigo publicado, foram utilizados 54 caprinos de raças variadas com histórico de lesões e alterações no trato gastrointestinal. A maioria foi diagnosticada com paratuberculose por meio de teste ELISA, e ainda havia os animais do grupo de controle.
• Espessamento leve da mucosa intestinal (2,0 a 3,0 mm): 11 (20%).
• Espessamento moderado da mucosa intestinal (3,1 a 5,0): 8 (15%).
• Corrugação da parede intestinal: 7 (13%).
• Espessamento grave da mucosa intestinal (0,5 mm): 5 (9%).
• Ascite: 5 (9%).
• Linfonodos mesentéricos alimentados: 49 (91%).
• Aumento da Ecogenicidade hepática: 42 (78%).
• Espessura normal da parede intestinal: 30 (56%).
• Derrame pericárdico: 22 (41%).
• Edema Omental: 17 (31%).
• Derrame pleural: 14 (56%).
Conclusão:
A sensibilidade da ultrassonografia para a detecção da espessura do intestino é boa, porém, a sensibilidade para detecção da paratuberculose foi baixa.
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Por: Thiago de Faria
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